Acabei de ler a cartinha da Mariazinha, minha "ermã" sobre a morte do seu pai e me deu vontade de voltar ao meu blog pra escrever.
"Li
Eu li agorinha seu relato e chorei feito boba, lembrei dos dias e meses seguintes a morte da minha mãe, ainda tão recente e vivo em mim.
Eu sei que nada que ninguém diga vai mudar o seu sentimento, mas posso dizer que isso diminui muito devagar, até chegar o dia que a lembrança virá com uma ponta de tristeza, mas menos dolorido. Até hoje me dá uma dorzinha no estomago quando lembro da minha mãe e por várias vezes eu digo baixinho: Ah mãe.... e sinto vontade de chorar, mas não choro mais como antes.
São coisas que, como voce disse, temos que passar e Deus nos dá força pra isso. Rezar faz bem e conversar com seu pai também. Conversei muito com minha mãe e converso, peço pra ela me ajudar e ajudar meus filhos, eu sinto ela tão mais perto de mim agora.
Que bom que voce esteve tão perto dele sempre, que não deixou de dizer EU TE AMO quantas vezes achou necessário. Que bom que voce não fez como a maioria dos filhos fazem que trocam a companhia dos pais por um passeio, por uma festa, que esquecem o quanto sua presença é importante pros nossos velhos e o quanto eles sentem nossa falta. Eu vejo como meu pai fica feliz com a visita dos filhos, como gosta de ter com quem conversar e contar as coisas. Só sinto que ele não goste de sair de carro comigo, porque podia levar ele pra passear, ver as coisas, mas ele não confia em sair de carro com quase ninguém. Eu sinto meu pai tão sozinho, mesmo que eu e minhas irmãs estejamos sempre com ele. Acho que por ele, teria todos os filhos à sua volta, sempre.
Só sei que eu tenho feito o que posso e com prazer e espero que, no dia que ele se for, eu sinta que fiz o que podia e não tenha motivos pra ter remorsos. Cada dia do meu pai pode ser o último e farei o que puder pra dar lembranças boas pra ele levar pra toda a eternidade, isso eu sei que voce fez sempre!
Um grande beijo e um abraço apertado da amiguirmã.
Vera Luz"