SEM NÓ

Voar, voar
Amar. subir
Cair de cara
no chão
Lamber os pés
Roer as unhas
Engolir o nó
Espanar o pó
E permanecer
Só
Afinal,
Melhor só
Que virar pó
Ou mico
De circo
ou
Nó de gravata
ou
Sinto muito!
Não foi dessa vez.
Tente novamente
Mas,
Faz um favor?
Não mente.
Se precisar,
Invente que sente
Desfaça o nó
Tire o paletó
Vire pó

E suma da minha frente.

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Vera Vilela

POETRIX DO MORCEGO

Toda noite

Me penduro de cabeça pra baixo
Tentando em vão descobrir
Os segredos deste mundo louco

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Dez motivos para gostar de morcegos:

1. os morcegos são grandes controladores de insetos. Algumas espécies ingerem 200 ou mais insetos em apenas alguns minutos de vôo.

2. os morcegos são responsáveis pela formação de florestas. Ao ingerir um fruto deixa cair as sementes em local distante do original, onde poderá nascer nova árvore. Mais de 500 pequenas sementes podem ser transportadas por um único morcego a cada noite.

3. os morcegos ajudam na reprodução de mais de 500 espécies de plantas, visitando as flores como fazem de dia os beija-flores, transportando o pólen de flor em flor.

4. há morcegos que se alimentam de pequenos animais, incluindo os roedores, que tanto prejuízo trazem à agricultura.

5. os morcegos são largamente utilizados em pesquisas, incluindo a ação de medicamentos que no futuro serão em benefício do homem.

6. as fezes de morcegos constituem excelente adubo que, foram largamente explorados, até o desenvolvimento dos adubos sintéticos.

7. os morcegos têm sido analisados na utilização do sonar que poderá auxiliar o homem.

8. a saliva do morcego, por ter forte ação anticoagulante, poderá ser largamente empregada para o tratamento de várias doenças vasculares.

9. os morcegos são importante na cadeia alimentar.

10. o desaparecimento dos morcegos poderá resultar em desequilíbrio e os inconvenientes resultantes poderão ser piores que os causados pela simples proximidade destes animais.

Os morcegos são espécies silvestres e, no Brasil, estão protegidos pela Lei de Proteção à Fauna. Sua perseguição, caça ou destruição são considerados crimes. Além disto, a destruição de um morcego nada resultará, pois quase imediatamente seu lugar será ocupado por outro exemplar.

Saiba mais: Morcego Livre

CRISE VIVA

Poeminha da Esperança - CRISE VIVA

William Henrique Stutz/setembro 2005

DIA DE AMAR

Hoje é dia de amar
Ele me disse pra esperar
Vou tomar um banho demorado
Enfeitar-me toda, me preparar
Ele disse que hoje virá
Como sempre, todo sábado
Na mesma hora, no mesmo canal
Hoje vamos nos esbaldar!

Uma semana de espera
Não importam os problemas
As angústias e choros contidos
O importante é que hoje é sábado
E hoje nós vamos nos amar
Se fui ao fundo do poço
Se a vida se tornou um enrosco...
Esquece, hoje é dia de amar!

Nada de cobranças,
Sem reclamações, sejamos rápidos
O pouco tempo que temos é para amar
Nosso lindo amor, cheio de ternura
Dura alguns minutos, nada de papo
Amor de contos de fadas
Mas, sem príncipes, sem princesas
Apenas na garganta: sapos!

Esquece! Hoje é dia de amar!

Vera Vilela

ASSIM, ASSIM

Queria tanto escrever uma poesia de amor
Precisava muito sentir aquela dor no peito, gostosa!
Onde o coração bate desembestado, parece que vai quebrar.
Aquela sofreguidão, aquela imensidão de desejo, de satisfação.
Aquela vontade louca de correr na chuva, de cantar no banheiro.
Queria tanto poder agora dizer bem alto:
TE AMOOOOOOOOOOOO.

Mas parece que o amor esqueceu o caminho do meu coração,
Ele se perdeu como gato em dia de mudança.
Deixou-me sem rumo e sem esperança.
Procurei embaixo da cama, atrás da porta, dentro do monitor:
Nada!Parece que o amor mudou seu jeito, sua receita.
Não o reconheço mais.
Não sei mais como é o amor.
Perdi-me no tempo e esqueci de acompanhar o amor.
Meus olhos já não brilham.
Meus lábios já não tremem.
Meu corpo resiste, persiste, implora,
Mas sei que aos poucos desiste com a demora.
Vai se conformando com a falta de calor,
Torna-se frágil, dolorido, vai murchando,
Parece mesmo que está morrendo aos poucos.
E eu faço um casulo, me enrolo, me fecho,
Quem sabe hibernando, sonhando,
Acho um modo de viver
Assim, assim
Sem nexo! Sem amor!

Vera Vilela 08/02/2005 – 11:42

BEM-TE-VI

O bem-te-vi fotografado pela Marieta.

TEMPO PERDIDO

Quanto tempo perdido pelo silêncio,
Quanto silêncio na hora de gritar,
Quantos gritos abafados pela covardia,
Quanta covardia ao invés de amar,
Quanto amor jogado fora pelo não viver,
Quanta vida não vivida,
Pelo tempo perdido,
Pelo silêncio,
Pela covardia,
Pelo não viver,
Pelo não amar!

Vera Vilela

A FAMÍLIA DAS MARITACAS

Continuando nossa aula sobre as maritacas, vamos agora discursar sobre os vários tipos existentes:

VERYTACA PC – É um tipo maior, plumagem clara, grita muito, mas em geral é dócil. Apenas tem um pavio curtíssimo.

MARYTACA CONSONANTALE – É pequena, com plumagem mais escura, muito dócil e amigável, fala mais que o bico.

MHELRITACA PLATINADA – É de porte médio, totalmente blonde, só abre o bico quando tem certeza.

DAYRITACA – Também de porte médio, plumagem curta, olhos claros, não abre muito o bico. Quando o assunto é verso mata a pau mas os números, ah os números...tsc..tsc...

MALYTACA – Mignon, plumagem variável, encontra-se muito com biquíni azul e branco, muito meiga mas abre o bico sempre que necessário. Ela administra o ninho.

MAIRYTACA SULINA – É vista mais da região sul do Brasil, tem um temperamento forte e justo, não deixa de abrir o bico caso precise.

MILITACA DE PANO – É magrinha de corpo mas, tem uma plena plumagem. Sabe de tudo, mas não abre o bico por nada.

RORRARRATACA – É facilmente reconhecida pelo seu grito peculiar – rarará.

VIRGITACA ODONTIS – O nome não significa virgindade. É uma maritaca curadeira de bicos.

Na próxima aula falaremos sobre os machos maritacais.

HAIKAI DA PRIMAVERA II

A árvore alta

faz sombra ao sono

ajuda a digestão

HAIKAI DA PRIMAVERA

chão enfeitado

de flores em rosa cor

cerejeira chorou

COM A PALAVRA, DONA MARITACA

Maritaca (Pionus maximiliani) podem nos chamar de "Mari"
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Classe: Aves (com muito orgulho)
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Ordem: Psittaciformes ( ou..psiu cê ta em forma?)
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Família: Psittacidae (ou.. psiu cê tá na cidade?)
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Nome científico: Pionus maximiliani (somos o máximoe pioneiras)
..

Nome vulgar: Maritaca (mas isso não nos ofende, muito pelo contrário)
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É característico o vôo desta espécie, que tem um batimento de asas abaixo do nível do corpo. É uma ave barulhenta durante o vôo, mantendo-se silenciosa quando pousada, como o fazem outros psitacídeos. São geralmente observadas aos pares ou em pequenos bandos, mas às vezes em bandos de até 50 indivíduos. (poxaaaaaaa, quantas amigas, mas cuidado quando estamos quietas, aí é que mora o perigo)
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Alimentação: frutos e sementes coletados nas copas das árvores, tais como o pinhão do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) e frutos da figueira (Ficus spp). (somos naturebas)

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Nidificação: constroem o ninho em cavidades de árvores, onde a fêmea põe de 2 a 5 ovos brancos, que medem cerca de 32 x 24 mm. Em geral é a fêmea quem se encarrega da incubação, cabendo ao macho a tarefa de alimentá-la durante este período. (nossos machos são o "must", isso causa inveja)

..

Hábitat: florestas. (e a Internet)Tamanho: 29,0 cm (algumas de nós são bem maiores)
Temos a maior honra de nossa família. Não nos damos bem com gralhas, galinhas e urubus azarentos.

PRESENTE DO WILL

Numa pequena mesa de canto uma vela,

Chama bailarina - sombras alegres na parede branca.

Numa pequena mesa de canto Vera,

Taça de vinho, alegre sorriso,

a quem passa encanta.

William Stutz/setembro 2005

BRRRRRRRRRRRRRRR

Tá um frio danado aqui em Bauru. Que coisa! Acho que trouxe o frio de Sampa comigo.

A tarde o único jeito foi me deitar e ficar quietinha. Dormi pra caramba e acordei cheia de coragem para enfrentar uma montanha de roupas para passar. Hoje foi dia de ser únicamente dona de casa.

OS LIVROS CHEGARAM

Os livros referentes a Antologia do 14º Concurso Nacional de Poesia, Contos e Especial Paraná de 2003 chegaram. São lindos e eu até já tinha perdido a esperança de recebê-los. Minha poesia Cata-Vento foi agraciada com Menção Honrosa. Estou super feliz. São 215 páginas de muitas letras. Já está no ar o CONCURSO para 2005, para quem se interessar

EU VOLTEI

Voltei e já estou com saudades da mãe, do pai, de todos os parentes e principalmente da alegria do meu irmão especial, o Kico!
Ele faz a festa da casa, canta, dança, faz coreografias especiais para as músicas do Lulu Santos.
Que saudade do Kico, que se apaixonou pela voz da Marieta e disse que quer se casar com ela...rs
Foi uma ótima viagem e penso em repetir sempre agora que estou em casa.
A reunião com todos foi uma maravilha.

TO CHEGANDO!

Ô Maaaaaanheeeeeeeeeeeeeeee!
Eu to chegando!
Ô Paieeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Amanhã eu vou!
Ô Kiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiicoooooooo!
Me espera na porta.
O tempo por aqui ficará parado até minha volta!
Me aguardem pessoal!

MAIS UMA DOS AMERICANOS.

Eles vivem numa eterna fantasia, o furacão passou, contaram meia dúzia de mortos e pronto, tudo terminado.Isso se passou em algumas cabeças.
A verdade: parece que são centenas ou milhares de mortos, não sabem, apodrecem no meio da rua.
Alguns sobreviventes vagam pela cidade, armados, matando, saqueando.Parece filme de ficção, futurista, apocalíptico.
Os mocinhos são eles (todos) e nada funcionou como nos filmes.
Parecem doidos não acreditando no que está acontecendo, e olha que tudo foi previsto com bastante antecedência.
Mais uma vez fica provado que eles não sabem de nada e não estão preparados para enfrentar nada.
O que mais precisa acontecer para que eles acordem?

UM ANJO DE MENINA

Para quem não gostou da Vera Diaba!
Lá vai a Vera Anjo!

TEMPO ENCANTADO POR CAETANO

OS ARGONAUTAS
"Meu coração não agüenta tanta tormenta"
Letra e Música: Caetano Veloso
Intérprete: Caetano Veloso

O barco, meu coração não agüenta
tanta tormenta alegria,
Meu coração não contenta
o dia, o marco, meu coração
o porto, não
Navegar é preciso
Viver não é preciso

O barco, noite no teu, tão bonito,
sorriso solto perdido horizonte, madrugada
o riso, o arco, da madrugada
o porto, nada
Navegar é preciso
Viver não é preciso

O barco, o automóvel brilhante,
o trilho solto, o barulho
do meu dente em tua veia
o sangue, o charco, barulho lento
o porto, silêncio
Navegar é preciso
Viver não é preciso