segunda-feira, setembro 26

ASSIM, ASSIM


Queria tanto escrever uma poesia de amor
Precisava muito sentir aquela dor no peito, gostosa!
Onde o coração bate desembestado, parece que vai quebrar.
Aquela sofreguidão, aquela imensidão de desejo, de satisfação.
Aquela vontade louca de correr na chuva, de cantar no banheiro.
Queria tanto poder agora dizer bem alto:
TE AMOOOOOOOOOOOO.
Mas parece que o amor esqueceu o caminho do meu coração,
Ele se perdeu como gato em dia de mudança.
Deixou-me sem rumo e sem esperança.
Procurei embaixo da cama, atrás da porta, dentro do monitor:
Nada!Parece que o amor mudou seu jeito, sua receita.
Não o reconheço mais.
Não sei mais como é o amor.
Perdi-me no tempo e esqueci de acompanhar o amor.
Meus olhos já não brilham.
Meus lábios já não tremem.
Meu corpo resiste, persiste, implora,
Mas sei que aos poucos desiste com a demora.
Vai se conformando com a falta de calor,
Torna-se frágil, dolorido, vai murchando,
Parece mesmo que está morrendo aos poucos.
E eu faço um casulo, me enrolo, me fecho,
Quem sabe hibernando, sonhando,
Acho um modo de viver
Assim, assim
Sem nexo! Sem amor!
Vera Vilela 08/02/2005 – 11:42

4 comentários:

Anônimo disse...

Caramba, voce ainda tem muito a dar, olhe ao seu redor, quem sabe o amor que voce merece, nao anda aí tao perto?
Vera, querida, poeta maravilhosa.

Vera Vilela disse...

Poxa vida! Assim eu fico feliz! rsrs
Beijos

car&san disse...

O amor está no ar.Respire fundo,abra a porta pra ele!Um beijão.

Anônimo disse...

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