MÃE.
(Poema escrito por meu irmão Gilberto Gonçalves Vilela em 1971)
Mãe !
Substantivo comum
mais do que comum
sem discriminação
de raça ou de cor
mãe é sempre mãe !
Mãe !
Feminino singular
quão singular
um misto de amor e carinho
numa face que nunca envelhece
num sorriso que nunca entristece
mãe, sempre mãe !
Mãe !
monossílabo tônico
que toca os ouvidos
do mais simples ser humano
que atravessa paredes
que remove montanhas
mãe, sempre mãe !
Mãe !
Vocábulo de tanta flexão
termo com tanta função
síntese de toda expressão.
Minha mãe !
Lembro-me ainda perfeitamente
de tuas mãos,
pesadas de responsabilidades
calejadas de tanto serviço
e, ao mesmo tempo,
ternas de afetividades.
Sinto ainda hoje
distante no tempo e no espaço
o seu contato carinhoso
apoiando-me no solo
e ensinando-me a caminhar.
E venceste minha mãe,
ensinaste-me os primeiros passos
que eu multipliquei por cem
por mil e continuei a multiplicar
cada vez mais, sempre mais;
e tão boas foram tuas lições
que hoje caminhei para longe
para muito longe.
Já não posso tocar tuas mãos
não posso ouvir a tua voz;
não posso, sequer, sentir tua presença.
Eu progredi muito em tuas lições, minha mãe,
desenvolvi tanto os teus ensinamentos
que me afastei de ti.
Hoje estamos separados, mãe;
em caminhos tão distantes
com linguagens tão diferentes.
Talvez agora
eu possa ensinar-te muitas coisas
de mim, do mundo, da vida.
Mas que vida ?
Mas que mundo ?
Mas que eu ?
Se foste tu, mãe,
que no pouco que deste
me deste tudo:
o EXISTIR !
Gilberto, 07.05.71.
(Poema escrito por meu irmão Gilberto Gonçalves Vilela em 1971)
Mãe !
Substantivo comum
mais do que comum
sem discriminação
de raça ou de cor
mãe é sempre mãe !
Mãe !
Feminino singular
quão singular
um misto de amor e carinho
numa face que nunca envelhece
num sorriso que nunca entristece
mãe, sempre mãe !
Mãe !
monossílabo tônico
que toca os ouvidos
do mais simples ser humano
que atravessa paredes
que remove montanhas
mãe, sempre mãe !
Mãe !
Vocábulo de tanta flexão
termo com tanta função
síntese de toda expressão.
Minha mãe !
Lembro-me ainda perfeitamente
de tuas mãos,
pesadas de responsabilidades
calejadas de tanto serviço
e, ao mesmo tempo,
ternas de afetividades.
Sinto ainda hoje
distante no tempo e no espaço
o seu contato carinhoso
apoiando-me no solo
e ensinando-me a caminhar.
E venceste minha mãe,
ensinaste-me os primeiros passos
que eu multipliquei por cem
por mil e continuei a multiplicar
cada vez mais, sempre mais;
e tão boas foram tuas lições
que hoje caminhei para longe
para muito longe.
Já não posso tocar tuas mãos
não posso ouvir a tua voz;
não posso, sequer, sentir tua presença.
Eu progredi muito em tuas lições, minha mãe,
desenvolvi tanto os teus ensinamentos
que me afastei de ti.
Hoje estamos separados, mãe;
em caminhos tão distantes
com linguagens tão diferentes.
Talvez agora
eu possa ensinar-te muitas coisas
de mim, do mundo, da vida.
Mas que vida ?
Mas que mundo ?
Mas que eu ?
Se foste tu, mãe,
que no pouco que deste
me deste tudo:
o EXISTIR !
Gilberto, 07.05.71.
Meu pai Antonio, Gilberto e minha mãe Nilza.
2 comentários:
Lindo! Ambos, foto e poema.
Rosa disse .........Lindo!!!!!!!!!!!!! semcomentários e ainda falam que DEUS não existe . Tudo isso é prmitido por que Deus permite.
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