quinta-feira, janeiro 8

DOCE RIO DA MINHA INFÂNCIA


DOCE RIO DA MINHA INFÂNCIA
Vera Vilela

Um rio clarinho
Delícia de se ver
Pedrinhas cobrindo o fundo
Cascudos passeando
Entre os pés meninos

Juntando pedras maiores
Fazemos uma pequena represa
E matando a aula de educação física
Ganhamos um banho
No nosso “pequeno marzinho”

Brincadeira de criança
Jamais esquecida
Uma diversão sem igual
Refresco no calor
Tão pertinho de casa

Hoje, olhando o mesmo rio
Águas negras de esgoto
Cheiro ruim e ratos passeando
Dá uma dor no peito
E uma grande saudade

Vontade de ser mágica
E transformar com uma palavra
O negro e podre rio
Naquele, da minha infância
E mergulhar nas águas
Do doce Tamanduateí.

07/01/2009 – 12:44h


Publicado gentilmente no cantinho literário do blog SOS RIOS DO BRASIL pelo Prof. Jarmuth, veja AQUI.

*imagem - Lúcio Caldeira - ALVIELA - REQUIEM PARA UM RIO

4 comentários:

Ray Silveira disse...

Verinha
Muito parecido com o meu, o rio da sua infância. É incrível: senti até o cheirinho bom das suas margens.Eu só não conseguiria dizer coisas lindas dele como vc diz do seu.

Anônimo disse...

Putz, Vera, vc ainda pegou o Tamanduateí assim, de dar pra ver as pedrinhas no fundo?...
Que coisa!... Como é rápido o efeito da sanha humana!...
Que tristeza.
bjs,
=^..^=

Carol disse...

Vera querida

Não tenho um rio, na minha infância, mas uma lagoa. Onde íamos pescar Cara e Joana, e no meio tempo nadavamos. Ô lembrança boa.

Faz mais de 10 anos que não vou lá. Nem sei se a Lagoa do farol ainda existe. Mas em minhas lembranças será eterna.

Beijos em teu coração e uma ótima semana.

Caroline

parla marieta disse...

estou ainda na praia
saudades de vc, amiga.