A noite é comprida
De minha vida cumprida
Espaços que vagueiam sem importância
Nada a esperar, desejar
O relógio vai marcando o inútil tempo
De um tudo, sobra nada
Em volta da cama anjos pairam a me olhar
Da parede saem monstros vorazes
Espreitam, aguardam um descuido
E eu, insone, assisto a tudo: quieta
E as horas passam
Os olhos finalmente se entregam
Ao cansaço do corpo, e se fecham
Vêm os sonhos
Levo os anjos, levo os monstros
E novamente sou espectadora
E somente espero: a hora de acordar
Vera Vilela
21/09/2007 2:08
2 comentários:
Você também precisa conhecer Neozine, um remedinho voraz contra a insônia.
Nossa! Vera! Vc traduziu bem nesses versos o q é a insônia.
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