quinta-feira, março 23

AO FILHO QUE NÃO NASCEU!


AO FILHO QUE NÃO NASCEU!
Vera Vilela

Queria agora poder dar,
um beijinho em sua testa!
Queria agora te abraçar,
pular, brincar, fazer festa!

Queria te dar meu seio
para saciar a fome tua.
Queria cantar seu sono,
nós dois mirando a Lua.

Queria saber do teu rosto
tão pequeno e tão sensível.
Queria conseguir te ver
uma vez apenas se possível.

Queria poder te dar
tantos beijos até cansar.
Queria segurar suas mãos
e te levar pra passear.

Queria poder trocar
A minha vida pela tua.
Queria dar-te a chance
de soltar pipa na rua.

Queria poder ter te parido.
Queria que tivesses nascido.
Já te sentia com tanta vida.
No entanto já tinhas morrido.

Mas amorzinho tenho esperança,
de um dia de novo te encontrar.
Lá no céu juntinhos ficaremos
ouvindo todos os anjos a cantar.

4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pela linda poesia, minha esposa perdeu o bebê neste último sábado aos nove meses de gestação, o bebê havia morrido antes de nascer. Seria uma menina linda, mas, Deus sabe o que faz.

Obrigado por colocar em palavras todo o nosso sentimento, só quem passou por uma experência igual entende isso.
Um grande abraço

Anônimo disse...

Cool blog, interesting information... Keep it UP Installation diagrams for car alarms Andorra isp hair loss drug Head to toe fitness St. john's wort supplement good and bad Conferencing+phones Connecticut medical malpractice law adderall xr prescription http://www.jeep-wrangler-4.info Lexapro with lamictal levitra 1990 brougham cadillac fleetwood

tay mag disse...

parabens pela poesia,perdi meu primeiro filho aos dois meses de gestação a mais ou menos dois anos,foi como se me tirassem a vida.hoje sou mãe de um lindo menino de dois meses chamado wesley mais nunca deixei de imaginar como seria o rostinho de meu primeiro filho.sua poesia traduzio todos os sentimentos que tinha em relação a essaperda

Unknown disse...

Linda poesia! Fiquei sensibilizada!
Perdi cinco filhos, todos aos quatro meses de gestação. Sua poesia expressa exatamente a dor que sentimos, a falta que sentimos deles, mesmo sem tê-los visto.
Esta poesia, foi um presente para mim e, tenho certeza, para todas as mães que não puderam conhecer os seus filhos.
Abraço enorme.