segunda-feira, agosto 14

TUDO OU NADA


TUDO OU NADA


Sou a água para o momento de sede
O resto de comida dada ao pedinte
O analgésico para a dor de cabeça
A mão na hora da queda
O latido do cão na hora do assalto
A faca afiada para o churrasco
A lanterna na escuridão
O médico na doença
O vento no calor
A calmaria na tempestade
A chuva na seca

Sou tudo isso, e não sou nada
Vivo escondida no fundo do armário
Esperando meu momento

Queria ser apenas:
O ar que se respira
A água do rio
As ondas do mar
O Sol que aquece
A boca que fala
Os olhos que enxergam
A roupa que veste
O alimento que sustenta
A língua que saboreia
O amor necessário

Aí sim, seria algo
Estaria sempre presente
Seria tudo, seria... seria!

Vera Vilela - 14/08 – 11:27

5 comentários:

Anônimo disse...

Pois pra mim você é Veramiga !!!

Com tudo, com suas flores do jardim, seus arco-íris de maritacas, e todas as belezas de seu espírito bondooso e sapeca !

um beijo,
Clarice.

parla marieta disse...

que lindo!
nasceu hoje esse poema?

Anônimo disse...

Verinha, belo, belo e belo!

Vera Vilela disse...

Quem tem amigas, nunca está só.
rsrs
Sim brotou e nasceu hoje.

Adoro vocês
Vera

Anônimo disse...

Very cool design! Useful information. Go on! »