quinta-feira, outubro 26

CRUEL DESPEDIDA


Cruel Despedida

Aos olhos que tudo diz
As mãos que abraçam
Acima de tudo,
Sem previsão
Lembranças rememoradas
Lágrimas trocadas
Do corpo que se vai
Da alma que se despede
Do sorriso escancarado
Vem teu carinho
E consolo
Da inutilidade humana
Frente a situação desumana
De assistir de si mesmo
A cruel partida
Da carne que vai
Perante os olhos sadios
E a mente esperta
Desse amor desmedido
Dos neurônios que se agitam
Gritam
Mas a boca cala
Apenas o som das águas
Distantes
As garças que dançam
Para seu último ato
Que cerram as cortinas
Do pensamento
Fica em PAZ
Leva esse meu sorriso
De lembrança
Da nona conta
Deste nosso rosário

2 comentários:

Anônimo disse...

Vera,
um abraço solidário e carinhoso pra você.
Clamiga

Lilly Falcão disse...

Verinha,
se tu me imaginas, sentes o cheiro
de um ramalhete de açucenas, todo
embrulhado em luz e neblina!
estou bem juntinho de ti!
um abraço fraterno!
Lillybeth