SÁBADO DE SOL

Comecei o dia com palmas no portão, poxa vida! 10 horas da madrugada e tinha gente querendo me acordar.

Me arrependi do mau humor logo em seguida pois vi que era uma pessoa amiga que veio tomar o café comigo.

Belo começo de dia, fiquei muito feliz e até me deu ânimo pra fazer algumas coisinhas que estavam ficando pra trás.

Como tomei o café muito tarde, acabei não almoçando, comi umas frutas e fiquei no micro fazendo umas coisinhas. Aproveitei e coloquei umas roupas na máquina de lavar também.

As horas foram passando, eu inventando uma coisa e outra, e anoiteceu num instante.

Pensei:

- Não vou ficar em casa sozinha de jeito nenhum. Tomei um banho, me arrumei e saí.

A fome estava apertando, dei uma volta em toda a cidade, ouvindo música e pensando na morte da bezerra.

Passando em frente a uma choperia que fica ao lado do aeroporto vi que tinha bastante gente, parecia animado o local e ideal pra eu me sentir acompanhada.

Escolhi uma mesa bem pertinho da rua, assim eu via o movimento e vigiava o carro.

Ao meu lado estava uma família, pai, mãe, filho e filha...

E que filha...argh

A menina de uns 8 anos não parou de falar um minuto, aliás, falar não, gritar, falava gritando, tão sem graça e coisas tão idiotas que deu vontade de sair e ir embora, mas me contive.

Esta choperia é famosa e bem grande, chama-se Ponto G, tem uns telões que ficam ligados e imaginei ouvir música ou algo assim.

De repente vejo chegar mais gente, e mais gente e mais gente!

Ouvi o Hino Nacional Brasileiro e começou a gritaria.

Estava passando algum jogo de futebol. Belo fim de noite.

Tomei um chope, comi qualquer coisa bem rapidinho e me mandei.

Na calçada encontrei com a Bia, professora de Ioga, cumprimentos rápidos e lá fui eu.

Fiquei pensando:

- O que fazer agora? Ainda é tão cedo.

Resolvi fazer o passeio de sempre - supermercado.

E até que foi legal. Achei vaga rapidinho e num ótimo lugar.

Comprei um monte de bugigangas comestíveis e na saída quando fui devolver o carrinho, um rapazinho, funcionário de lá, puxou o saco de lixo de dentro da lata (que é quadrada) e ficou rindo. Olhou pra mim e disse:

- Olha que legal! O lixo saiu quadradinho.

Eu ri com ele e fui embora. Essas coisas só acontecem comigo e com a Marieta mesmo. As pessoas simplesmente puxam papo, assunto e a gente morre de rir.

E cá estou eu dando boa noite e vou pra minha caminha com meus gatinhos, que nunca me abandonam, esses sempre estão comigo pro que der e vier.

Boa noite pra todos!