terça-feira, fevereiro 6

FIM DE SEMANA

Na semana passada resolvi tirar uns dias para descansar de verdade, longe de casa e dos problemas. Pensei em ir até Barbosa, de ínicio, ficar o fim de semana, rever parentes e aliviar um pouco o stress, depois faria uma outra viagem um pouco mais distante.

Infelizmente as coisas nem sempre são como a gente gostaria que fosse, criamos expectativas que às vezes dependem de outros fatores que não levamos em conta. Resolvi então voltar pra casa. Talvez eu ainda descanse uns dias, mas estou pensando em fazer isso aqui mais perto de casa, num lugar em que eu possa realmente ficar longe de tudo que me estressa, vamos ver.

A viagem até Barbosa foi ótima, acabei sendo levada pra uma festa que tenho verdadeira repugnância que é um RODEIO, mas foi bom porque pude realmente constatar e reafirmar minha aversão a este tipo de divertimento onde o homem se vale de sacrifício de animais para se divertir e divertir aos outros. É de dar pena o sofrimento de cavalos e touros, dá pra ver em seus olhos a dor. Claro que eu torci o tempo todo pelos animais.

Como alguém ainda tem coragem de dizer que não há maltratos? O cavalo só pára de pular quando soltam aquilo que prendem em sua barriga, é de chorar de ver e não de se divertir. Deviam fazer isso com um homem pra ele saber se é sofrimento ou não. Tenho nojo de quem vive disso. Quando vão soltar o animal, passados os 8 segundos, apagam as luzes de toda a arena para que ninguém veja: a soltura das amarras, o alívio do cavalo e ele volta manso como um cavalo normal.

A coisa toda gira em torno de muito dinheiro e pouquíssima cultura, começando pelos famosos locutores que simplesmente assassinam a nossa língua mãe.

Saí de lá muito revoltada com o ser humano que tem a capacidade de raciocínio e é capaz de atrocidades como a que eu vi.

Por outro lado vi cavalos de raça num desfile pela cidade, cavalos realmente bem tratados, mansos e felizes, que são capazes de seguir seus donos como se fossem cachorrinhos, sem estarem presos a nada. Essa á parte boa.

Comi polenta de milho e cuzcuz feitos pela Seguimara. Comi pamonha, pão-de-casa e doce de leite feito pela Petita. Ouvi histórias e fiquei feliz em saber que minhas primas ainda conservam a tradição de se juntarem para fazer pamonha, curau e bolo de milho, tenho recordações da minha casa quando criança, quando nos juntávamos para ralar milho, passar pela peneira, espremer, fazer o curau com o caldo mais fino, pamonha e por fim bolo com o último bagaço. Era uma festa onde todos participavam, uma união da família, hora de contar estórias, brincar e cantar.

Deu muitas saudades de meu tempo de criança e dessas tradições que hoje quase não se vê mais.

Eita coisa boa!

Um comentário:

Anônimo disse...

Veroca, a sua cidade natal fez aniversário no dia 04/02? Caso positivo, foi o dia do meu niver!