sexta-feira, maio 25

INCANSÁVEL


Incansável
J.G. de Araujo Jorge

Velho sonho de amor que me fascina,
causa das mágoas que me têm pungido
e que, entanto, conservo na retina
como a fonte de um bem inatingido...

Flana velada, cântico em surdina
de uma alma triste, um coração ferido,
nem pode haver linguagem que defina
o que eu tenho, em silêncio padecido!

Mas, ainda que mal recompensado
meu amor há de sempre desculpar-te
humilde, carinhoso, devotado...

Bendito seja o dia em que te vi,
pois não há maior glória do que amar-te
nem melhor gozo que sofrer por ti!

*Recebi do John Vogon!

Um comentário:

parla marieta disse...

Então... belíssimo soneto. Tudo a ver, mas, Verinha... sabe como é...
né?

ô répi dei! O répi dei!