O DESTINO DO RIO
O rio não se abala, não teme, segue sempre em frente.
Arrasta consigo árvores, areia, barranca, nem sente!
Não teme seu destino, sabe que o mar o espera,
Mas, continua correndo, ora frio, ora quente!
Não há tempo para que possa questionar a natureza.
Só sabe que precisa ir, impedi-lo? Nem tente
Tudo é rápido, vê passar: cidades, fábricas, estradas.
Vê também em sua margem, uma moça dormente!
A moça se banha e depois se deita para secar
O rio não sabe, mas é um hábito freqüente.
Ele segue, montanhas, fazendas, pastagens,
Nunca pára, aceita tudo, não se ressente.
Vai engolindo esgotos, lixos industriais, animais mortos,
Leva tudo e tenta sugar o ar para suas águas, inutilmente.
Enfim avista o destino final, um bocado de sal.
Entra e se expande, pode enfim morrer honradamente.
*Gazal de Vera Vilela
O rio não se abala, não teme, segue sempre em frente.
Arrasta consigo árvores, areia, barranca, nem sente!
Não teme seu destino, sabe que o mar o espera,
Mas, continua correndo, ora frio, ora quente!
Não há tempo para que possa questionar a natureza.
Só sabe que precisa ir, impedi-lo? Nem tente
Tudo é rápido, vê passar: cidades, fábricas, estradas.
Vê também em sua margem, uma moça dormente!
A moça se banha e depois se deita para secar
O rio não sabe, mas é um hábito freqüente.
Ele segue, montanhas, fazendas, pastagens,
Nunca pára, aceita tudo, não se ressente.
Vai engolindo esgotos, lixos industriais, animais mortos,
Leva tudo e tenta sugar o ar para suas águas, inutilmente.
Enfim avista o destino final, um bocado de sal.
Entra e se expande, pode enfim morrer honradamente.
*Gazal de Vera Vilela
Um comentário:
De rio a mar - uma viagem pela estupidez humana!
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