quarta-feira, janeiro 17

A PALO SECO


A PALO SECO
Lia Abreu Falcão


De repente, ela constatou que atravessara muitos dezembros sozinha e cansara de viver a gostos. Meneou a cabeça e disse não.

Ele, aos pigarros, recompunha-se. Engraçado, ela parecia outra pessoa sem avental.

Cadê esse almoço? Panela no chão.

Pra quê a mala? Pra quê batom? Que roupa é essa? Pra quê a rosa?

"De tudo ao meu amor serei atento". Verso pra quê? Cadê essa janta?

Porta afora. Silêncios.

À meia-luz, sob a lua em forma de dê maiúsculo, ela vestiu-se de poemas e encantou-se pela vida, toda prosa.

Um comentário:

Anônimo disse...

amei amei e amei!!!
obrigada, querida...ficou lindo aqui!!!
beijos e beijos
LILLY

[esqueci a senha do blog...rsrsr]